Agente de IA para Suporte à Decisão em Isolamento de Pacientes

12 de December de 2025 • Tempo de leitura: 5 min

Como criar um agente de IA que auxilia na decisão de isolamento de pacientes com base em dados clínicos e históricos de infecção.

1. Propósito e Escopo

Este documento define todos os prompts, configurações de memória, transição entre estados, ferramentas como chamadas a sistemas externos e consulta a documentos para o Fluxo de Agentes "Suporte à Decisão em Isolamento de Pacientes", uma solução projetada para auxiliar na decisão de isolamento de pacientes com base em dados clínicos e históricos de infecção. Essa documentação é um modelo de PRD ou Documento de Requisitos de Produto específicos para construção de Agentes de IA.

O objetivo principal é integrar dados clínicos e históricos de infecção para suportar decisões informadas sobre o isolamento de pacientes, fornecendo recomendações baseadas em diretrizes de controle de infecção estabelecidas.

2. Contexto e Problema

Cenário Atual

No ambiente hospitalar, decisões rápidas e precisas sobre o isolamento de pacientes são cruciais para prevenir a disseminação de infecções. Atualmente, essa tarefa é muitas vezes manual e dependente da interpretação individual das diretrizes de controle de infecção.

  • Decisões rápidas e precisas sobre o isolamento de pacientes para prevenir a disseminação de infecções.
  • Integração de dados clínicos e históricos de infecção para suportar decisões informadas.

A falta de um sistema automatizado pode levar a atrasos na implementação de medidas de isolamento, aumentando o risco de transmissão de patógenos dentro do hospital.


Problemas Identificados

  • Consumo de tempo: A análise manual de dados clínicos e históricos de infecção é demorada e sujeita a erros.
  • Variabilidade nas decisões: A interpretação das diretrizes pode variar entre os profissionais de saúde, levando a inconsistências nas medidas de isolamento.
  • Atualização de diretrizes: As diretrizes de controle de infecção são frequentemente atualizadas, e acompanhar essas mudanças pode ser desafiador para os profissionais.

3. Impactos Esperados

A implementação deste agente de IA visa alcançar os seguintes resultados:

  • Reduzir o tempo de decisão para o isolamento de pacientes, permitindo ações mais rápidas e eficazes.
  • Melhorar a consistência e a precisão das decisões de isolamento com base em diretrizes atualizadas.
  • Facilitar a adaptação a novas diretrizes de controle de infecção, garantindo que as práticas estejam sempre alinhadas com as melhores recomendações.

4. Visão Geral da Solução

O agente de IA para suporte à decisão em isolamento de pacientes analisa dados clínicos e históricos de infecção, aplica diretrizes de controle de infecção e fornece recomendações informadas para a necessidade de isolamento. A seguir são detalhadas todas as regras de negócio e especificações funcionais necessárias para que esse agente atue como um assistente útil e autônomo na decisão de isolamento de pacientes.

A solução consiste em um fluxo de automação composto por 2 agentes de IA. O processo inicia com a consulta às diretrizes de controle de infecção e termina com a geração de recomendações de isolamento.

A execução dos agentes é sequencial, seguindo a ordem definida na tabela abaixo.

Agentes Função Principal
Agente de Execução de Consulta a Documento (RF 1) Realizar consulta às diretrizes institucionais de controle de infecção e atualizações de guidelines para obter regras vigentes de isolamento por patógeno/quadro clínico.
Agente de Análise e Decisão de Isolamento Clínico (RF 2) Determinar a necessidade, tipo e parâmetros operacionais de isolamento de pacientes com base em dados clínicos e históricos de infecção, aplicando as diretrizes vigentes.

5. Protótipos

Para proporcionar uma visão clara e tangível da solução proposta, criamos protótipos interativos que demonstram tanto o fluxo de trabalho dos agentes quanto o resultado final que o hospital receberá. Explore os links abaixo para entender melhor a solução em ação.

6. Requisitos Funcionais

RF 1. Agente de Execução de Consulta a Documento

1.1 Tarefa do Agente

Realizar consulta às diretrizes institucionais de Controle de Infecção e atualizações de guidelines para obter regras vigentes de isolamento por patógeno/quadro clínico.

1.2 Prompt ou Instruções do Agente
 # 1. Contexto e explicações sobre inputs iniciais
Você está recebendo parâmetros prontos para consulta às diretrizes institucionais de controle de infecção. Estes parâmetros incluem termos de busca e fontes permitidas.

# 2. Objetivo
Realizar a consulta com os parâmetros recebidos e retornar trechos, resumos e metadados das políticas vigentes.

# 3. Regras que você deve seguir para gerar sua resposta
- Execute a consulta apenas com os parâmetros recebidos.
- Retorne trechos, resumos e metadados relevantes das políticas vigentes.
- Não requer instruções de LLM. 
1.3 Configurações do Agente

1.3.1 Especificação do Input

  • Mecanismo de Acionamento: Este agente é o ponto de partida do fluxo e deve ser acionado pelo envio dos parâmetros de consulta via API. Na fase de testes, o fluxo será iniciado pelo envio manual dos dados, que serão enviados para o agente diretamente por upload na interface da Prototipe AI, para acelerar o processo de validação.
  • Tipo do input: O input inicial para o fluxo é um conjunto de parâmetros prontos para consulta.
  • Formatos Suportados: Esse agente deve ser capaz de receber inputs nos formatos: .json.
  • Número de caracteres esperado: Este agente deve ter capacidade para processar um input de até 5.000 caracteres.

1.3.2 Especificação do Output

  • Formato de output: O output deve ser um JSON contendo trechos, resumos e metadados das políticas de isolamento vigentes.
  • Exemplo de Estrutura de Output:
     { "politicas_resumidas": [{"topico": "TB pulmonar", "tipo_isolamento": "aerossóis", "criterios_inicio": ["suspeita clínica com tosse + RX sugestivo"], "criterios_suspensao": ["3 escarros AFB negativos colhidos adequadamente OU NAAT negativo conforme política"], "observacoes": ["manter quarto com pressão negativa"]}], "referencias": [{"fonte": "CDC 2024", "secoes": ["Tabela 2"]}], "versao_politica": "Hospital_X_v2024.3", "data_atualizacao": "2024-10-15"} 
  • Número de caracteres esperado: O JSON gerado terá um tamanho aproximado de 1.000 caracteres.

1.3.3 Parâmetros de Geração

  • Modelo: Não se aplica (uso de ferramenta)
  • Temperatura: Não se aplica (uso de ferramenta)

1.3.4 Ferramentas do Agente

  • Documentos: O agente consulta documentos externos conforme parâmetros recebidos.
  • Calculadora: Não utiliza.
  • Busca Online: Não utiliza.
  • Sistemas Externos: O agente realiza consultas a sistemas externos para obter diretrizes atualizadas.

1.3.5 Memória

1.3.6 Regras de Orquestração e Transição

Ao concluir sua execução, esse agente aciona o Agente de Análise e Decisão de Isolamento Clínico (RF 2).

RF 2. Agente de Análise e Decisão de Isolamento Clínico

2.1 Tarefa do Agente

Determinar a necessidade, tipo e parâmetros operacionais de isolamento de pacientes com base em dados clínicos e históricos de infecção, aplicando as diretrizes vigentes retornadas pelo agente de consulta.

2.2 Prompt ou Instruções do Agente
 # 1. Contexto e explicações sobre inputs iniciais
Você está recebendo um JSON com dados do paciente e contexto, além das diretrizes vigentes de isolamento retornadas pelo agente de consulta.

# 2. Objetivo
Determinar a necessidade, tipo e parâmetros operacionais de isolamento de pacientes com base em dados clínicos e históricos de infecção.

# 3. Regras que você deve seguir para gerar sua resposta
- Prioridade de precauções: se múltiplas categorias se aplicarem, selecione a de maior proteção, seguindo hierarquia Aerossóis > Gotículas > Contato; incluir adicionais específicos (ex.: contato estendido para CDI).
- Gatilhos de isolamento imediato por suspeita clínica mesmo com testes pendentes:
  • TB pulmonar: tosse + achados radiológicos compatíveis OU história epidemiológica de risco → aerossóis em quarto com pressão negativa; manter até critérios de suspensão atendidos.
  • Sarampo e Varicela/Herpes-zóster disseminado: aerossóis; restringir profissionais/visitantes não imunes.
  • COVID-19/influenza/RSV suspeitos: ao mínimo gotículas + contato (com proteção ocular); considerar aerossóis durante procedimentos geradores de aerossol (AGP).
  • Diarreia aquosa aguda de etiologia desconhecida, especialmente pós-antibiótico ou CDI prévia: contato até exclusão de CDI.
  • MDRO conhecidos (MRSA, VRE, CRE, ESBL, Acinetobacter MDR): contato; se colonização apenas nasal por MRSA sem feridas abertas, manter contato conforme política local.
- Regras específicas por patógeno/condição:
  • Clostridioides difficile: contato estendido; higiene de mãos com sabão e água; limpeza ambiental com esporicida; suspensão somente após resolução da diarreia e fim de terapia de CDI conforme política.
  • TB: suspensão com 3 amostras de escarro AFB negativas coletadas adequadamente em horários distintos OU NAAT negativo de acordo com política; manter aerossóis para AGP mesmo com melhora clínica até cumprir critérios.
  • SARS-CoV-2: confirmar precauções por tempo (ex.: 10 dias desde início dos sintomas e 24h afebril sem antitérmico) ou por teste conforme imunocompetência e gravidade; aerossóis para AGP.
  • Influenza/RSV: gotículas; em pediatria, adicionar contato; suspensão 7 dias do início dos sintomas ou 24h após resolução, conforme política.
  • Varicela/Herpes-zóster disseminado: aerossóis + contato até todas as lesões crostificarem.
  • Sarampo: aerossóis até 4 dias após exantema (ou conforme orientação para imunossuprimidos).
  • Meningite meningocócica: gotículas por 24h após início da terapia eficaz.
- Regras de alocação de quarto:
  • Priorizar quarto individual; para aerossóis, quarto com pressão negativa obrigatório quando disponível.
  • Coorte apenas se o patógeno for o mesmo, com perfil de resistência compatível e ausência de pacientes de alto risco (imunossuprimidos, grandes feridas abertas) no mesmo quarto; nunca coortar suspeita de TB/aerossóis com outros.
- Procedimentos geradores de aerossol (AGP): intubação, broncoscopia, ventilação não invasiva, indução de escarro → exigir respirador (N95/PFF2) e considerar sala de pressão negativa mesmo se patógeno de gotículas.
- MDRO e feridas/dispositivos: se presença de secreção abundante, dispositivos invasivos, feridas drenantes ou falta de adesão à higiene, reforçar contato mesmo com cultura antiga.
- Dados faltantes: se informação essencial estiver ausente (ex.: status de teste crítico), preencher campo "dados_insuficientes" com chaves faltantes e emitir recomendação provisória de maior proteção até esclarecimento.
- Justificativas: sempre retornar a lista de fatores clínicos/laboratoriais que sustentam a decisão (sinais/sintomas, resultados, exposições, políticas citadas), vinculando cada recomendação a uma referência e seção.
- Reavaliação: definir "criterios_reavaliacao_horas" conforme cenário (24h para suspeitas respiratórias com testes pendentes; 48–72h para culturas bacterianas); incluir condições objetivas para suspensão ou manutenção.
- Nível de confiança: estimar entre 0 e 1 baseado na completude dos dados e força da evidência (confirmado > suspeito; teste positivo recente > histórico remoto).
- PPE: especificar componentes mínimos por tipo de isolamento; para CDI, enfatizar troca de avental/luvas a cada entrada; para aerossóis, respirador ajustado.
- Limpeza ambiental: quando aplicável (CDI, norovírus), indicar desinfetante apropriado conforme política.
- Conflitos entre diretriz institucional e externa: priorizar política institucional informada em "politicas_vigentes"; se ausente, usar referência externa mais recente do output do Agente 1 ou a "versao_politica_input" recebida.
- Restrições de coorte por risco do companheiro de quarto: contraindicar coorte com imunossuprimidos, transplantes, queimados, UTI neonatal; retornar "coorte_permitida": false nesses casos.
- Saída sempre estruturada: preencher todos os campos do expected_output; quando um item não se aplicar, usar valores explícitos (ex.: coorte_permitida: false) em vez de omitir. 
2.3 Configurações do Agente

2.3.1 Especificação do Input

  • Mecanismo de Acionamento: Este agente deve ser acionado automaticamente após a conclusão do agente anterior (RF 1).
  • Tipo do input: Este agente deve ser apto a receber como input um JSON com dados do paciente e contexto, além das diretrizes vigentes de isolamento.
  • Formatos Suportados: Esse agente deve ser capaz de receber inputs no formato: .json.
  • Número de caracteres esperado: Este agente deve ter capacidade para processar um input de até 10.000 caracteres.

2.3.2 Especificação do Output

  • Formato de output: O output deve ser um JSON estruturado com a decisão de isolamento, incluindo tipo, precauções e justificativas.
  • Exemplo de Estrutura de Output:
     {"necessidade_isolamento": true, "tipo_isolamento": ["aerossóis"], "quarto": "individual_pressao_negativa", "precaucoes": {"PPE_obrigatorio": ["N95/PFF2", "avental", "luvas", "proteção ocular"], "higiene_maos": "antes e após contato; sabão e água se CDI ou mãos visivelmente sujas"}, "coorte_permitida": false, "justificativas": ["tosse + RX sugestivo de TB", "AGP previsto"], "patogeno_suspeito_ou_confirmado": {"status": "suspeito", "alvo": "Mycobacterium tuberculosis"}, "criterios_reavaliacao_horas": 24, "condicoes_para_suspender_isolamento": ["3 amostras de escarro AFB negativas OU NAAT negativo com coleta adequada"], "notificacoes": ["Comunicar Controle de Infecção", "Sinalizar necessidade de quarto com pressão negativa"], "nivel_de_confianca": 0.82, "referencias": [{"fonte": "Hospital_X_v2024.3", "secao": "TB pulmonar"}], "dados_insuficientes": []} 
  • Número de caracteres esperado: O JSON gerado terá um tamanho aproximado de 2.000 caracteres.

2.3.3 Parâmetros de Geração

  • Modelo: GPT-5
  • Temperatura: 0.6

2.3.4 Ferramentas do Agente

  • Documentos: Não consulta.
  • Calculadora: Não utiliza.
  • Busca Online: Não utiliza.
  • Sistemas Externos: Não utiliza.

2.3.5 Memória

  • Visibilidade das Instruções (Prompt): As instruções deste agente não devem ser visíveis para nenhum agente subsequente.
  • Visibilidade da Resposta: A resposta gerada por este agente é o entregável final e não é passada para outros agentes internos.

2.3.6 Regras de Orquestração e Transição

A execução deste agente finaliza o fluxo. A decisão de isolamento gerada deve ser disponibilizada ao usuário.

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